Primeira plenária virtual do CES-RJ discute a situação do Rio de Janeiro no cenário do coronavírus

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Colegiado elencou a atuação do controle social no cenário de pandemia, discutiu o quadro epidemiológico no estado e a situação dos privados de liberdade; denúncias de superfaturamento de equipamentos e irregularidades nos contratos das OSs também foram abordadas pelos conselheiros

Em virtude da pandemia do novo coronavírus e obedecendo às medidas de isolamento social implementadas pelo governo estadual, o Colegiado do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro realizou sua primeira Reunião Ordinária Virtual na manhã desta última terça-feira (2). As reuniões presenciais haviam sido suspensas desde o dia 10 de março, tendo a Comissão Executiva respondido pelas demandas do CES até então.

Dentre os assuntos tratados na plenária virtual, a situação do estado diante do preocupante cenário da pandemia, com crescente número de casos e óbitos, principalmente na capital, foi destaque entre os conselheiros. Os membros do Colegiado se debruçaram sobre a crise que atinge em cheio o estado devido aos problemas de aquisição de material e denúncias de superfaturamento de respiradores e de contratos com organizações sociais, além do atraso na entrega das unidades de saúde provisórias.

Alexandre Vasilenskas, presidente do CES, iniciou a reunião trazendo dados alarmantes sobre a pandemia no estado e explicou a situação dos hospitais no Rio de Janeiro. Segundo ele, a taxa de letalidade da Covid-19, no estado do Rio é uma das maiores do mundo, beirando os 10%, e afirmou que a curva de contaminações está em franca ascenção. Alexandre prosseguiu dizendo que “somos os campeões também em baixa testagem da população”, que que impede um controle e planejamento maior por parte da Secretaria de Estado de Saúde e gera uma explosão de subnotificações da doença. O colapso nas unidades de saúde, com superlotação e falta de profissionais de saúde, também foi salientado pelo presidente. Outro ponto lembrado por ele foi a falta de auxílio e assistência do Governo Federal para as populações periféricas, dificultando a sobrevivência dessas pessoas e obrigando-as a romperem com as medidas de isolamento e distanciamento social. Para Alexandre, isto é uma “ação deliberada do executivo federal”.

A SES-RJ esteve representada por Mário Sérgio Ribeiro, superintendente da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, que explicou o atual quadro da Covid-19, apresentando alguns dados epidemiológicos mais relevantes no estado, como também detalhou as medidas adotadas pela secretaria no enfrentamento do novo coronavírus. A superintendente de Atenção Psicossocial e Populações em Situação de Vulnerabilidade, Karen Athié, falou sobre a pandemia e os privados de liverdade no âmbito da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).

Assista a Reunião Ordinária na íntegra:

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

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