Boletim da Fiocruz aponta que vacinação pode ser a responsável pela queda de internações e mortes por Covid-19

Via Fiocruz

A queda dos indicadores de incidência, mortalidade e ocupação de leitos de UTI vem configurando um cenário que pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação, que atingiu num primeiro momento os grupos muito expostos, como os profissionais de saúde, e mais vulneráveis, como os idosos e portadores de comorbidades, e já se amplia na população geral entre pessoas na faixa dos 40 anos. As vacinas são efetivas na prevenção de casos graves e estão cumprindo bem esse papel. Deste modo, é importante reforçar aspectos funda- mentais para o sucesso do Plano Nacional de Imunização, que envolvem a necessidade de melhor coordenação, planejamento, informação e estratégias mais adequadas de comunicação para a população. Ao mesmo tempo, neste cenário, temos de considerar que o surgimento de variantes continua sendo uma ameaça, com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis, e esta é uma preocupação que não pode ser perdida de vista.

Mesmo com importante redução de número de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves, que são em sua maioria casos graves de Covid– 19, ainda são muito altas nos estados. De forma que continua sendo importante agir na vigilância epidemiológi- ca e na vacinação para permitir redução sustentada.

No momento atual o curso da pandemia segue com mudança gradativa do perfil etário de casos internados e óbitos. O rejuvenescimento, com expressiva concentração entre a população adulta jovem, traz novos desafios com relação às formas de enfrentamento da pandemia, reque- rendo abordagens mais adequadas às novas faixas etárias, e um aprofundamento das discussões sobre a repercussão da pandemia nestes estratos populacionais.

A nova fase traz desafios logísticos para garantir a cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil (30 a 59 anos) e reconhecer situações específicas de vulne- rabilidade, como a população de gestantes, população rural e periférica, mais jovem que a média nacional. Além disso, é importante olhar para os jovens, e compreender como a dinâmica da pandemia tem impactado em suas vidas.

Na contramão do efeito de culpabilização dos jovens, trazemos, neste Boletim, resultados da pesquisa Juventu- des e a Pandemia do Coronavírus, coordenada pelo Conselho Nacional de Juventude e parceiros, trazendo resultados sobre a percepção de jovens de diferentes regiões e realidades sociais sobre os efeitos da pandemia em suas vidas e na sociedade, para subsidiar políticas e programas para esse segmento.

No atual contexto continua sendo fundamental que se mantenham medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e cuidados com a higiene das mãos, pois a pandemia continua em curso. Ao mesmo tempo, a queda dos indicadores representa uma oportunidade para a adequação do sistema de saúde para a detecção oportuna de casos, seus contatos e a atenção a casos graves em hospitais. Além disso, há um enorme “passivo assistencial” deixado em segundo plano ao longo dos últimos meses. Sob o ponto de vista da organização do sistema e dos serviços de saúde, cabe o investimento imediato em estratégias para mitigar de forma eficiente os problemas gerados pelas necessidades de saúde e demandas reprimidas e que resultam neste “passivo assistencial”, bem como os desafios relacionados à Covid Longa.

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