A Organização Mundial da Saúde – OMS mudou sua orientação para o esquema vacinal contra a Covid-19. Se antes havia a recomendação para a aplicação da segunda dose de reforço (e até mais posteriormente), agora o entendimento é de que os benefícios seriam baixos demais para justificá-la, bastando seguir o roteiro D1 + D2 + DR.
Vale ressaltar que este entendimento vale para adultos com boa saúde. O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (Sage) propôs três novas categorias prioritárias para a vacinação contra a Covid, com base no risco de desenvolver uma forma grave da doença ou de morte: alto, médio e baixo. Veja:
Para pessoas com menos de 60 anos — de risco médio —, assim como crianças e adolescentes de seis meses a 17 anos com comorbidades, não há risco de receber doses adicionais, mas os “benefícios para a saúde são reduzidos”, afirmaram os especialistas em vacinas da OMS.

“A necessidade de novas doses de reforço permanece apenas para o grupo com risco alto de desenvolver formas graves da doença, que inclui idosos, adultos com outras patologias, imunossuprimidos, grávidas e profissionais de saúde da linha da frente. O Sage recomenda um intervalo de seis a 12 meses entre os reforços dependendo das comorbidades”.
Por que mudou?
Ainda é cedo para avaliar os estudos que embasaram esta mudança nas recomendações. O que se sabe é que a Organização teria levado em conta o “impacto da variante Ômicron e do elevado nível imunização registrado entre a população mundial devido às infecções e graças à vacinação”. No Brasil, desde o início deste mês é aplicada a quarta dose de reforço – ou até quinta – da vacina bivalente contra a Covid. O Ministério da Saúde informou que mais de 4,1 milhões de brasileiros já foram aos postos de saúde para tomar a dose de reforço com as vacinas bivalentes.
Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ