Campanha nacional de vacinação contra o sarampo e os desafios da baixa cobertura de imunizações

VACINAÇÃO

No último dia 7, todos os municípios brasileiros iniciaram uma ampla campanha de vacinação contra o sarampo com o apoio do Ministério da Saúde. O esforço vem na esteira da baixa cobertura vacinal, um fenômeno observado não só no Brasil, mais em diversas partes do mundo. Segundo o ministro da saúde, Henrique Mandetta, existe “um mix de motivos” que levam uma família a não levar o filho para vacinar que explicam os baixos índices de imunização. Mandetta também faz um duro alerta para que os pais tenham um senso maior de responsabilidade: “Quem é a vítima dessa ignorância é a criança, que tem direito à vacina. E o adulto que está fazendo isso está causando a morte da criança”. O Objetivo da campanha nacional é alcançar até o dia 25 de outubro que 95% de todos os bebês e crianças entre seis meses e cinco anos de idade recebam uma dose da vacina.

“Tanto em 2016 quanto em 2017, a cobertura da vacina contra a pólio ficou, pela primeira vez, mais de 10 pontos percentuais abaixo da meta, que também é de 95%: 84,4%, em 2016; e 83,4%, em 2017. Para a primeira dose de reforço, dada a partir dos 15 meses de vida, a cobertura foi de pouco mais de 77% em 2017 — isso significa que cerca de 23% das crianças que completaram um ano de idade naquele ano não fizeram o esquema vacinal adequado e não estão corretamente imunizadas contra a doença”. (Revista Radis, ed. 196)

O sarampo, erradicado das Américas em 2016 segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), voltou a preocupar as autoridades por conta dos novos surtos ocorridos no norte do Brasil (Rondônia) e na Região Sudeste, principalmente em São Paulo, que já registrou mortes em decorrência da doença.

Tentar entender este fenômeno negativo de diminuição da cobertura vacinal no Brasil – e também no mundo – não é tão simples e pede uma análise aprofundada e técnica para se buscar soluções para um problema tão grave no Brasil. Vale lembrar que a redução no número de vacinas aplicadas traz de volta o fantasma da poliomielite, febre amarela, hepatite B, coqueluche, tétano, etc. Para tanto, trazemos aqui uma ampla reportagem publicada no início deste ano pela revista Radis, da Fiocruz. Nela, profissionais, cientistas e pesquisadores, de um modo geral, elencam os três principais fatores que levaram à baixa cobertura de vacinas e apontam os possíveis caminhos para recolocar o Brasil no topo de referência em imunização e exemplo mundial. Falsa segurança, boatos e diminuição de verbas para pesquisa e Atenção Básica são os temas destrinchados pelos especialistas que dão a chave para entender o problema. Leia:

QUEM TEM MEDO DA VACINA?

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Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

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