Área nobre do Rio concentra risco alto de contágio e transmissão local de variantes da covid-19

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O Dia

Com o início da transmissão local de variantes do coronavírus na cidade e no Estado do Rio, a prefeitura da capital decidiu manter o alerta de risco alto em toda o município, apesar da maioria dos bairros ter apresentado queda relevante no nível de contágio. Das 33 regiões administrativas, 27 passaram de risco alto para moderado, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira. Apenas seis regiões apresentam risco alto na cidade: Copacabana, Lagoa, Tijuca, Vila Isabel, Barra da Tijuca e Rocinha.

Na semana passada todas as regiões administrativas foram avaliadas com risco alto. A taxa de letalidade da covid-19 na cidade também caiu de 9,2 pra 5,7.

O prefeito Eduardo Paes repreendeu a constatação de que justamente a área mais nobre da cidade manteve-se com risco alto de contágio.

“A absoluta maioria da cidade foi para risco moderado. As áreas de risco alto são as mais ricas da cidade. Tem setores da nossa cidade agindo com enorme irresponsabilidade. Se as pessoas saudáveis do Rio, com mais condições, continuarem achando que a vida é uma festa, eles vão sair das suas festinhas e vai ter alguém idoso, hipertenso em casa que pode ir a óbito. Gostaria de flexibilizar (as medidas restritivas) nas áreas mais pobres que demonstraram mais responsabilidade, mas vamos manter assim por causa da nova cepa”, afirmou o prefeito nesta sexta-feira.

Como alerta pelo surgimento das variantes de Manaus e do Reino Unido na cidade, a Prefeitura informou que vai intensificar as ações de combate à transmissão com rastreamento de contatos de contaminados, testagem e autonotificação, continuar garantindo o funcionamento da rede hospitalar, que está com a fila de espera zerada e reforçando medidas de proteção à vida.

Além de representarem as áreas de alto risco, a área nobre da cidade também concentra os casos de transmissão local das novas variantes da covid-19. Os três casos na cidade são de adultos entre 30 e 40 anos. Uma quarta pessoa foi contaminada por uma nova cepa em Nova Iguaçu. Além desses quatro casos e transmissão local no Estado do Rio, um homem residente de Manaus com comorbidades que recebeu atendimento no Hospital dos Servidores, no Rio, veio a óbito na noite de quinta-feira. Ele estava com a variante brasileira, P1.

Os três pacientes contaminados por novas variantes de covid-19 na cidade do Rio tiveram sintomas leves. Nenhum dos três tiveram histórico de viagem, o que indicou que eles foram contaminados na capital. Todos relataram ter tido contato com pessoas contaminadas.

Uma mulher de 36 anos foi contaminada com a variante britânica (B.117), ela mora na Freguesia, Zona Oeste do Rio; um homem de 40 anos residente em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, foi infectado com a variante brasileira (P1), assim como um morador de Copacabana de 30 anos.

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