
Na tarde desta quinta-feira (25), por volta das 15h, um grupo de representantes de sindicatos, entidades médicas e servidores estaduais e federais estiveram presentes na entrada do núcleo do Ministério da Saúde no estado do Rio de Janeiro – onde também se localiza a Secretaria de Estado de Saúde – para protestar contra a assinatura de um acordo entre o governo do RJ e o MS que prevê a estadualização do Hospital da Lagoa, hoje gerido pelo governo federal. Segundo eles, o novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, estaria presente no edifício para tratar do assunto.
Na última terça-feira (23), o governador em exercício Cláudio Castro confirmou que o Ministério da Saúde autorizou a estadualização do Hospital da Lagoa. Durante viagem à Brasília, Castro afirmou que, aos poucos, outros hospitais devem ser estadualizados ou ter gestão compartilhada com o governo federal. A proposta, segundo ele, é abrir leitos que estão parados nas nove instituições federais no Rio de Janeiro (Into, Inca, INC, Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado sob administração direta do Ministério da Saúde (MS).
De acordo com o governador, a estadualização do Hospital da Lagoa deve ser assinada até a próxima sexta (26). Inicialmente, a mudança na administração terá duração de 6 meses, podendo ser prorrogada.
Durante o ato, os manifestantes demonstraram muita preocupação com a decisão, já que, segundo eles, “o estado está falido” e “não teria condições de prestar um serviço digno para a população”. Ainda durante as falas, os presentes disseram que uma “manobra política” poderia estar por detrás da iniciativa de mudança de administração, tendo em vista que o referido hospital é de alta complexidade e de excelência e mantém orçamento próprio.
Dentre as entidades presentes no ato, estiveram o Sindicato dos Médicos, Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias no RJ – Sintsaúderj, Sindicato dos Fisioterapêutas e Terapêutas Ocupacionais- Sinfito, dentre outros.
Até o fechamento desta matéria, os profissionais aguardavam serem recebidos por autoridades do ministério.
ESTADUALIZAÇÃO DE HOSPITAIS FEDERAIS NO RJ GERA PREOCUPAÇÃO DE ENTIDADES E SINDICATOS
ATUALIZAÇÃO: 17:40
Por volta das 16h, os representantes das categorias foram recebidos pelo ministro da saúde e pelo superintendente estadual do MS. Segundo eles, o novo ministro garantiu que os hospitais federais não serão estadualizados. Também serão abertos 500 novos leitos para tratamento da Covid-19, no entanto as unidades federais permanecerão sob a gestão do Ministério da Saúde.
Outro pleito apresentado foi a vacinação para todos os profissionais das saúde e foi garantido que ela ocorrerá na próxima remessa de vacina. Foi garantido que todos os servidores serão vacinados. Com relação aos contratos temporários, o superintendente do MS no Rio irá agendar nova reunião para tratar desse ponto.
Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ