A ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve hoje pela manhã na Superintendência Estadual do Ministério da Saúde do Rio de Janeiro para a cerimônia de posse das diretoras do Instituto Nacional do Câncer e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad, além dos diretores dos Hospitais Federais do estado. O evento teve ainda a Apresentação do Diagnóstico e Ações para o Desenvolvimento da Assistência Hospitalar no Âmbito do Departamento de Gestão Hospitalar.

Alexandre Oliveira Telles, diretor do DGH, fez um apanhado das ações do novo ministério e falou sobre as dificuldades encontradas, principalmente no que se refere ao fechamento de leitos. Segundo Telles, o ministério está trabalhando para recuperar as três emergências federais nas unidades, além de reabrir antigos leitos. O diretor argumentou que a precarização das instalações e a falta de recursos humanos ainda são um entrave para o pleno funcionamento dos hospitais federais, mas que, no período de quatro meses, foi possível aumentar a disponibilidade de vagas de cerca de 800 ocupadas para 1236 atualmente. Um trabalho também estaria sendo realizado para suprir a falta de medicamentos, principalmente de oncologia.

Os hospitais federais da cidade têm enfrentado uma série de desafios, incluindo falta de financiamento, escassez de pessoal médico e problemas de infraestrutura. Isto têm afetado o atendimento aos pacientes, levando a longas esperas, cancelamentos de cirurgias e outros problemas.
Além disso, os hospitais federais do Rio de Janeiro também têm enfrentado problemas com relação à corrupção e gestão inadequada. Em 2021, por exemplo, a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar desvios de verba e fraudes em licitações em hospitais federais da cidade.
Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ